quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Das cousas que ouvi mas preferia não ter ouvido

É notícia desta quarta-feira a intenção do famoso casal McCann em subsidiar a campanha com dinheiro oriundo da imprensa. O porta-voz da família, Clarence Mitchell, o tal que tem um coração demasiado grande para um tronco inglês e deixou o governo para se juntar à causa, afirmou:

"Os canais de televisão e jornais têm vindo a ganhar dinheiro com esta história ao longo de oito meses, através do aumento nas audiências e nas vendas de jornais. Esse dinheiro nunca chegou ao fundo e pensámos que está na altura de trazer algum retorno comercial à campanha."

É uma daquelas frases que ficam a ecoar no crânio impreparado e que a cada palavra revelam sentidos obscuros. Tentamos de todas as formas encaixá-la e forçá-la a um discurso normal, mas não conseguimos. Damos-lhe trinta e duas marretadas e ainda assim a sua forma gelatinosa sempre se dá a desvios de significado que a soltam.

Depois de muitas tentativas de salvar a frase, resta-me concluir que Clarence Mitchell, ou o casal McCann, levantam agora um problema de Propriedade Intelectual. Ou seja, existe uma história, e essa história é amplamente usada e divulgada pela Imprensa que, obviamente, incrementa lucros com ela através da subida das audiências e da publicidade (pessoas que não viam televisão e jornais, passaram a fazê-lo ao que parece). A Imprensa usou a história, mas não pagou aos seus autores, violando assim os Direitos de Autor.

Visto isto e lida a citação: quem são então os autores da história?

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